Wednesday, June 21, 2006

Introspezione...


Que abraço era aquele, tão forte e doce e onde estaria agora aquele olhar tão profundo e terno, em que quarto perdido eles deixaram o amor que não fizeram, o amor que apenas sentiram

Em que lugar escondido estaria caída a paixão que eles tiveram… a paixão que os unia e porque teria que acordar de um sonho que não poderia ter fim?
Rael

Monday, June 19, 2006

Hmmmmmm.....


Descobrir o amadurecer das palavras, a experiência do amar… do erotismo pelos sentidos. Assim, esperoViver-te intensamente, ser em ti e tu em mim. Abraçar esta quimera e torna-la como nossa… E se um dia o sonho fugido se escapar, não fique mesquinhez, sentimento ignóbil ou tristeza… que entre nós seja apenas e sempre o sentimento mais puro e doce

Assim, aprendemos a calma da contemplação, o panteísmo, o encontrar o equilíbrio nas pequenas coisas que nos são oferecidas e que tantas vezes desprezamos. Mas não queremos nunca aquele ADEUS gasto e sofrido que foi imortalizado. E tomemos como nosso aforismo: o que importa é partir, não é chegar. Sim! O mais importante na vida são os sonhos, os projectos e a coragem que encetarmos na sua busca, como fim em si próprios, independentemente da sua concretização…. Podermos dormir com a consciência tranquila… tentei....

Rael

Wednesday, June 14, 2006

Espiral Artístico...


Monólogo Circular e Introspectivo de Libertação Existencial:

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Ars Longa, Vita Brevis!
Rael (eterno entusiasta da Obra, não do seu obreiro)

Tuesday, June 13, 2006

À beira-mar...


Roubas impiedosamente o leme ancestral do meu ser, esse leme só meu. Essa segurança altiva que nos amarra onde devemos permanecer, essa cinérea negra selvagem utópica que restringe ao aprisionamento invisível da imensidão de navegar.. voar.. viver.. ser..! És vários seres, milhares de pontinhos soltos equidistantes dispersos no imenso universo do céu estrelado, da vida… do sonho, que transluz realidade!

Reúnes essas pinturas fragmentadas viscerais numa … uma grande tela que posso apreciar… silenciosamente petrificado diante da ousadia da existência do inexprimivelmente… não preciso ter… sequer tocar…basta penetrar o olhar na profundidade até desvanecer o melancólico olhar de fuga no infinito que termina em ti. Agarro-te, como um ser uno e indivisível, desfaleço sensualmente no calor febril dos teus braços corpo doce tão amargo… num arrepio de sangue gélido que me invade naquela praia onde o meu corpo fervilhava delirante em pensar em estar dentro de ti! O vento sopra… estremeço com a terrível alucinação tão lúcida que ele te possa transportar para longe de mim como um fino grão de areia… que desliza na imensidão da praia, da vida!

Aterroriza-me seres minha. Ser teu. Essa subtileza ridícula de amar! Queria-te… quero-te… nem que de ti possa esperar tão-somente uma foda em troca de tudo o que possuo no bolso… a nota que te deixarei antes de partir, caso queiras! Nada importa. Quero esse milionésimo de ti, que ainda não é só meu, mesmo tendo as tuas palavras, quem sabe, prostituídas… o teu amor… evanescente, quiçá eterno! Quero entrar em ti com o fogo de quem nunca amou… por favor, deixa-me escorregar por ti e explodir como fúria de mil vulcões foder-te com raiva de cem guerreiros e serás minha... para sempre! Mas não te quero. Quero que sejas tua… livre… num cárcere sentimental sem paredes lemes ou âncoras!

As palavras foram interrompidas… invado-te aventureiramente com dedos suavíssimos, onde as cuecas arredam-se ajoelhando-se quase automaticamente numa comunhão rendida ao calor, numa voluptuosidade sedosa sem asperezas violência ou resistência… sinto-te! O prazer desvela-se nos corpos nus translúcidamente esculpidos suados molhados encharcados usados e unificados pela visceral lava que fluía dos corpos em fúriaenterro-te delirantemente, penetro-te intensamente como uma besta calorosa que se serve do bater das ondas como inspiração, entro todo… tudo… até as almas beijarem-se… os teus olhos ardem e suspiras sons inumanos, gemias e abrias-te para mim… a tua fendacoraçãoalma

As nossas pernas entrelaçavam, os pés esticavam abertamente em direcção ao rebentar frenético das ondas que acompanhavam aquela máquina pulsante de prazer e amor e as mãos presas apontavam para as dunas que pareciam engolir-nos misteriosamente, ainda mais! E tudo era volúpia e sonho e os teus dentes em festa no desvairo do meu desejo entrega sodomia e posse ás avessas... Desejavas gritando subtilmente que te sujasse com lava quente… molhasse todo corpo, como um apagar de fogo súbito. Querias saborear, engolir o fruto do nosso prazer… a droga das carícias leva-nos num rodopio pelo espaço, livres – livres de todas as interferências; essas facas sangrentas de sonhos e febres alucinantes! Os nossos corpos nus ainda palpitantes estendidos lado a lado submissos à febre do prazer, banhados pelo suor e silêncio ensurdecedor… o meu gozo cru no teu dorso como tatuado em lembranças esquivas…

As carícias das horas minutos segundos haviam sido intemporais, houve um rasgo no tempo… sentia-mos todas as chamas multicolores de um engenhoso fogo de artificio, irrupções de sóis e néons explodindo no interior do nosso corpo, velozes cometas dirigidos a todos os centros de prazer… estrelas cadentes de profundas alegrias de eternas essências de afagos que conseguiam penetrar nos mais pesados isolamentos

Rael (but not alone)